Qualidade de vida de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama: estudo transversal

  • André Augusto Vieira
  • Bruna Garcia Centro Universitário Barão de Mauá
  • Daniella Sarilho Centro Universitário Barão de Mauá
  • Gustavo Gabriel Duarte da Silva Centro Universitário Barão de Mauá
  • Samira Maris Magon Brocco Centro Universitário Barão de Mauá
  • Adriana da Costa Gonçalves Hospital das Clínicas - USP
  • Elaine Cristine Lemes Mateus de Vasconcelos Centro Universitário Barão de Mauá / Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Neoplasias da mama, Mastectomia, Qualidade de vida, Fisioterapia

Resumo

Introdução: A mastectomia pode promover consequências físicas e emocionais com repercussão na qualidade de vida da mulher. Acredita-se que medidas quantitativas de qualidade de vida possam guiar estratégias de intervenções terapêuticas e auxiliar na definição de ações que priorizem a promoção da saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. Material e métodos: Estudo transversal, no qual participou uma amostra de conveniência de 30 mulheres. Foram aplicados um questionário para caracterização sociodemográfica e clínica da amostra; e o “Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36)” para avaliação da qualidade de vida geral. A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva; o teste t-Student foi utilizado para comparar duas variáveis; e o teste ANOVA para comparar mais de duas variáveis. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: Os domínios do SF-36 com menores escores, indicando mais prejuízos às condições de saúde, foram “aspectos emocionais” (5,1) e “aspectos físicos” (6,5); já os domínios com maiores escores foram “capacidade funcional” (25,0) e “saúde mental” (22,3). Na comparação entre os tratamentos para o câncer de mama no pré-operatório e a qualidade de vida, o domínio “vitalidade” do SF-36 apresentou diferença estatisticamente significativa para a radioterapia (p=0,04). A cirurgia de mama de maior prevalência foi a mastectomia radical de Halsted, correspondendo a 43,3% (n=13) da amostra. Referente à lateralidade da mama operada, 43,3% (n=13) das participantes realizaram a cirurgia no lado não dominante e 70% (n=21) realizaram linfadenectomia. Houve predomínio de alterações da sensibilidade (80%; n=24) no pós-operatório; e 46,7% (n=14) foram submetidas à reconstrução da mama. Conclusão: A qualidade de vida avaliada pelo questionário SF-36 apresentou os domínios “aspecto emocionais” e “aspectos físicos” mais prejudicados.

Publicado
2020-07-11
Como Citar
VieiraA. A.; GarciaB.; SarilhoD.; SilvaG. G. D. da; BroccoS. M. M.; GonçalvesA. da C.; VasconcelosE. C. L. M. de. Qualidade de vida de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama: estudo transversal. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 1, n. 1, p. 35-55, 11 jul. 2020.