Dimensionamento do transplante de órgãos por região no Brasil, no período de 2019 a 2023: uma análise comparativa

  • Júlia Rabaza Bertozzi Centro Universitário Barão de Mauá
  • Letícia Rafaela Ziquiel Centro Universitário Barão de Mauá
  • Maria Eduarda Moreira Pajola Centro Universitário Barão de Mauá
  • Maria Eduarda Paschoalinotto Batista Centro Universitário Barão de Mauá
  • Amadeu Pasqualim Neto Centro Universitário Barão de Mauá
  • Cecília Rodrigues Silva Centro Universitário Barão de Mauá
  • Maria Júlia de Oliveira Santos Gualberto Centro Universitário Barão de Mauá
Palavras-chave: Pandemia, Transplante, Doação de órgãos

Resumo

A doação de órgãos é essencial para salvar e melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas que aguardam por transplantes. O Brasil é um destaque mundial na realização de transplantes de órgãos, visto que seu total atendimento é garantido pelo Sistema Único de Saúde. No entanto, esta modalidade de tratamento vem enfrentando diversos percalços, como a grande extensão territorial brasileira, o tempo de isquemia dos órgãos, a falta de estrutura e profissionais qualificados que, somados com a pandemia, geram uma baixa taxa de efetivação. Além disso, a realização de transplantes no país ainda é menor do que a demanda, gerando assim, longas filas de espera para essa terapia. Nesse sentido, essa revisão bibliográfica sistemática, a partir de dados do Registro Brasileiro de Transplantes, referente aos anos de 2019 a 2023, busca aprimorar e difundir o conhecimento sobre o transplante de órgãos nacional e investigar o impacto da pandemia de COVID-19 no dimensionamento da doação de órgãos por região no Brasil. A partir disso, foi observado que as regiões Norte e Nordeste do país, que não por acaso são as áreas geográficas mais pobres e carentes de investimentos e recursos, são as mais afetadas e, inclusive, destaca-se que nesse período analisado, não houve nenhuma doação de coração e pulmão na região Norte. Em contrapartida, as regiões Sul e Sudeste vêm se destacando graças às vantagens socioeconômicas e estruturais. Outrossim, conclui-se que, com o advento da pandemia de COVID-19, houve um impacto negativo no número de doadores e na disponibilidade de órgãos para transplante. Esse impacto fica evidente principalmente no transplante de córnea, que sofreu a redução mais expressiva (52,3%) em 2020. Após cessar a fase crítica da pandemia, foi possível analisar que os índices de doação no Brasil estão se recuperando gradativamente.

Publicado
2025-07-31
Como Citar
BERTOZZI, J. R.; ZIQUIEL, L. R.; PAJOLA, M. E. M.; BATISTA, M. E. P.; PASQUALIM NETO, A.; SILVA, C. R.; DE OLIVEIRA SANTOS GUALBERTO, M. J. Dimensionamento do transplante de órgãos por região no Brasil, no período de 2019 a 2023: uma análise comparativa. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 6, n. 1, p. 215-220, 31 jul. 2025.